terça-feira, 12 de maio de 2015

Pulando etapas

Deve ser recompensador e agradável viver uma aposentadoria feliz. Colher os frutos de uma vida inteira de trabalho. Para alguns, morar numa casa bacana, aconchegante. Poder andar num bom carro, potente, confortável. Poder viajar, desfrutar de longos dias à beira mar ou curtir um friozinho comendo foundue com um bom vinho e sem preocupação. Tudo fruto de décadas de trabalho e economias. 
 
Sabe o que tenho reparado? Que alguns jovens querem pular etapas. Já querem desfrutar das alegrias da aposentadoria. Observam com inveja os senhores que têm um carro melhor, uma casa melhor, um padrão de vida melhor. Querem isto para eles. Já querem ter o carrão top do ano. Já querem ter a melhor casa no melhor bairro. Querem ostentar algo que a vida ainda não oferece. Querem pular etapas.
 
Quem quer pular etapas precisa lembrar de algo. Os mesmos senhores do carrão e da casona já passaram necessidade. Já viveram de maneira humilde. Moraram em casa cheia de frestas que faziam arder ainda mais o inverno. Bebiam refrigerante uma vez ao ano, no natal. Carregavam seus cadernos para a escola em sacos plásticos do Açúcar União. Aprenderam mecânica na prática, com seus Corcéis, Brasílias e Fuscas. Se hoje tem uma vida confortável, é porque não viveram só na sombra.
 
Tudo tem seu tempo. Não adianta querer pular etapas. E alguns jovens, acelerados pelo consumismo, querem ter o que a vida pode lhes oferecer só daqui a uns 30 ou 40 anos. Cada passo de uma vez. Não é à toa que Deus diz: “Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião” (Eclesiastes 3.1). Há tempo de suar, trabalhar, conquistar. Há tempo de desfrutar, alegrar o coração, curtir os frutos do trabalho.
 
Não há como pular etapas, especialmente uma. Crer em Jesus, “o caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (João 14.6). Uma vida regrada, apegadas a amuletos espirituais e seduzidas por conversas religiosas macias. Sem Jesus, toda esta parafernália espiritual é nada. Estar sem Jesus é tentar pular etapas. Estar com Jesus é ter o céu aberto. É ter neste Deus real o perdão, o consolo, a força, a esperança, a salvação.
 
Então fica a dica: não adianta tentar pular etapas. Tudo tem seu tempo. Tempo de trabalhar, suar, conquistar. Tempo de aproveitar os frutos de uma vida de trabalho. Tempo de se arrepender. Tempo de crer em Jesus como Deus. Tempo de ser transformado por este amor incondicional. Não pule etapas. Jesus. É dele que você precisa.

Pastor Bruno Serves - Candelária, RS.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Harry Potter ou a Bíblia?

Certa vez ouvi um especialista na área dizendo que seria inevitável comunicar sem interatividade. Grandes meios de comunicação precisam interagir com seu público alvo. E vice-versa. Perceba isto nos programas de rádio e televisão. Ouvintes e telespectadores enviando E-mails, Tweets, Whatsapps. Dão opiniões, comunicam algum acontecimento, fazem perguntas.
Mas é na democrática internet que tudo isto torna-se gigantesco. Os sites mais acessados são aqueles que abrem espaço para comentários e manifestações dos leitores. Interatividade. Livre. Diferentes pontos de vista, favoráveis e contras.

       Estes dias me aventurei por estes comentários interativos. Foi em uma notícia do Jornal Zero Hora a respeito da deputada estadual Liziane Bayer, que propôs o ensino no criacionismo como ciência nas escolas gaúchas. Postei minha opinião, dizendo que seria bom a sociedade voltar a falar em valores cristãos.
Fui bombardeado. Ateus manifestando-se agressivamente. Não é apenas questão de não crer. É ter ânsia quando se fala de Deus. É tornar-se agressivo quando se ouve o nome Jesus. É chamar de loucos e idiotas os que creem na criação do universo. Nas palavras deles, preferem ler Harry Potter do que a maior farsa, a Bíblia. A proposta da deputada não vai passar, até porque religião e estado são coisas diferentes. Cada um no seu quadrado.
        Mas fico pensando que é fácil ser ateu. É fácil quando a vida vai bem. Quando o emprego é feliz. Quando os filhos têm saúde. Quando nunca se passou por um hospital. Quando as idas ao cemitério são raras. É fácil ser ateu. Parece coisa moderna, científica, acadêmica, evoluída. Quero ver até onde vai o ateu. Quando seu filho estiver correndo risco de vida. Quando perder o emprego. Quando as constantes idas ao cemitério o fizer pensar no sentido da vida. Quando ele mesmo estiver entre a vida e a morte. Na cama de um hospital, à beira da morte, será que ainda vão preferir alguém que lhes fale de Harry Potter? Ou de alguém que lhes fale daquele que fingiram não existir?
       Jesus, Deus real e Salvador, avisou que assim seria: “Todos os odiarão por serem meus seguidores. Nessa época muitos vão abandonar a sua fé e vão trair e odiar uns aos outros. Então muitos falsos profetas aparecerão e enganarão muita gente. A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará; mas quem ficar firme até o fim será salvo” (Mateus 24.9-13).

       Então fica a dica: é fácil ser ateu quando a vida é tranquila. Ser ateu também é crer. Crer no vazio e no vácuo. Crer que não crê. E, na sua repulsão e aversão à cruz de Jesus, cumprem as palavras de ódio contra os cristãos. E entre Harry Potter e a Bíblia? Ainda prefiro a Bíblia, esta que revela Jesus, um Deus cheio de amor e misericórdia. Um dia será revelado quem fez a escolha correta.
Pastor Bruno A. Krüger Serves - CEL Cristo, Candelária-RS