terça-feira, 28 de setembro de 2010

Eleições 2010: IELB e IECLB orientam sobre o voto!


        As duas maiores denominações luteranas do Brasil (juntas somam mais de 90% dos luteranos brasileiros) assinaram documento conjunto que busca orientar sobre o voto nas próximas eleições. “O tema das eleições é algo que sempre nos mobiliza, uma vez que é um momento importante de exercer o direito de cidadania. Como Igreja de Cristo, temos uma responsabilidade pública”, afirmou Walter Altmann, presidente da IECLB. Egon Kopereck, presidente da IELB, lembrou que ”fé e ação política não se excluem. Não se deve subestimar a diferença que um simples voto pode fazer”.

        O pastor presidente da IECLB e o pastor presidente da IELB disseram estar muito animados com a assinatura conjunta. As duas igrejas têm origem na Reforma de Lutero, mas nasceram de formas diferentes. Enquanto a IECLB tem uma relação histórica mais próxima com a Europa, a IELB tem seus vínculos originais com o Sínodo Missouri, dos Estados Unidos. Esta vinculação histórica diversa trouxe algumas ênfases doutrinárias diferentes. Nos últimos anos, contudo, as duas Igrejas Luteranas mantêm um diálogo mais próximo. Cooperam em diversas atividades, entre as quais a Comissão Interluterana de Literatura (CIL) e a Comissão Interluterana de Diálogo (CID).
        Leia o documento na íntegra, clicando aqui!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Culto celebrando 36 anos de fundação


        Aconteceu no domingo, dia 19/09, o culto que marcou a passagem de 36 anos de existência da nossa congregação. Estiveram presentes 47 pessoas, dentre as quais 13 foram visitantes. A pregação foi dirigida pelo Pr. Carlos Kracke - Hora Luterana. O Rev. Leandro Campos, da Paróquia Anglicana de Santos, marcou presença junto com outros 4 representantes. Eles vieram abraçar a Igreja Luterana de São Vicente nesta data especial. Vivemos um período muito bom na vida de nossa comunidade e queremos compartilhar aqui algumas recordações fotográficas. Se você esteve na festa, vai relembrar; se não esteve, vai compartilhar da alegria conosco e ficar com vontade de estar na próxima.
Pr. Carlos Kracke, no momento da pregação
Pr. Marcos Weide e Rev. Leandro Campos, da Paróquia Anglicana de Santos-SP
Momento do Parabéns, com 5 membros fundadores da Congregação: Carlos Müller, Denise Habermann, Gerda Müller, Irene Gross e Patrícia Müller
a festa
Marilda, Renylena e Úrsula
Denise, Márcia e Patrícia
Carol, Vinícius, Rosana e Amanda

Conselho Distrital em São Bernardo do Campo-SP

        A assembléia do Conselho do Distrito Luterano Paulista reuniu-se no sábado, dia 18/09, na Congregação Castelo Forte, em São Bernardo do Campo-SP. Entre os assuntos destacam-se as moções que serão tratadas no próximo Conselho Diretor da IELB, em outubro; e a recepção da Congregação Corpus Christi de Arujá-SP na comunhão do distrito como parte da Congregação Castelo Forte de São Bernardo do Campo-SP. Estamos felizes em ter mais esta congregação conosco nesta caminhada de cristianismo confessional luterano na região da Grande São Paulo.
Rev. Mario Rost (conselheiro distrital) e Rev. Ailton dos Santos (pastor da CEL Corpus Christi - Arujá-SP)
momento do abraço entre as lideranças

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

NOSSO LAR - Onde é que ele fica?

"Para o cristão, o Nosso Lar é passar a vida após a morte ao lado de Cristo, nos Céus, preparado por Deus!"

        Estreou em todo Brasil no último dia 3 de setembro o filme “Nosso Lar”. A obra é baseada no livro mais vendido do grande ícone do Espiritismo que o país já teve, Chico Xavier. O filme já ultrapassou a casa de um milhão de espectadores, tendo ultrapassado “Se eu fosse você 2”, com Glória Pires e Toni Ramos.
        O filme relata em detalhes qual o caminho, segundo a doutrina espírita, que o ser humano segue após a morte. Quem fez o bem, segundo o Espiritismo, vai direto para a cidade espiritual, de onde retornará à vida reencarnado(a). Quem não foi bom nesta vida, iria para uma espécie de "purgatório" chamado Umbral.
        Segundo a revista VEJA desta semana, o filme faz tanto sucesso porque o povo brasileiro, em geral, dá muita importância à crenças sobre a vida após a morte. Não é por menos que outro filme de cunho espírita - Chico Xavier - tenha alcançado a expressiva marca de 3 milhões de espectadores em todo o país. Ao ler a reportagem da VEJA, fiquei meditando sobre o que o brasileiro pensa sobre a vida após a morte. Fico pensando onde o brasileiro imagina ser o “Nosso Lar” depois que morremos. A própria revista traz um quadro que mostra a visão de espíritas, cristãos, judeus e budistas sobre onde o ser humano passa a viver depois que morre aqui na Terra.
        A única resposta que atribui a Deus o controle da vida após a morte é a dos cristãos. Somente a doutrina baseada na Bíblia afirma que Deus vai mandar os incrédulos para o inferno e acolher os crente no Céu, junto de si. As outras respostas parecem trazer conceitos um tanto incertos, sem contar que o destino do ser humano após a morte parece não estar no controle de alguém superior, que já tenha algum plano alivanhado para tal etapa da vida.
Para muitas pessoas, o conceito paradoxal de Céu e Inferno é uma coisa muito simplista e até mesmo de não muita justiça. Por isso, preferem acreditar que vão "purificando" sua própria alma ao longo das várias reencarnações, até alcançarem o nirvana, como no caso dos budistas.
        A Bíblia, porém, é muito clara ao afirmar onde é o Nosso Lar. O cristão, após a sua morte, vai viver com Deus e aguardar a ressurreição dos mortos que acontecerá no fim dos tempos (Hebreus 11.16). Quem não creu em Jesus também aguarda a ressurreição. Porém, tal pessoa já está condenada à eternidade ao lado de Satanás, no inferno (João 3.36). A boa notícia é que não há vagas limitadas no Céu, como em um estádio de futebol numa final de campeonato (João 14.2). Cabe bilhões e bilhões de pessoas no Céu, porque Deus ama a cada ser humano e quer que este conheça a verdade (Mateus 8.11). Esta verdade não está baseada na força humana de tentar fazer o que é moralmente bom, mas esta verdade está em Cristo Jesus, o Filho Único de Deus. Ele veio ao mundo para nos dar o título de posse da nossa nova morada. Para o cristão, o Nosso Lar será os Céus, junto de Cristo. Lá não há choro, nem tristeza, nem dor e nem morte. Tudo lá será perfeito. A eternidade é o tempo que vale por lá. Ou seja, lá o ser humano vai viver para sempre.
        E então, quer fazer parte dos moradores do Céu? Jesus está convidando você! Creia Nele e seja salvo, pois ainda há muito lugar!

Tiago Albrecht é bacharel em Teologia e pós-graduado em Ministério Pastoral. Atualmente é pastor da Igreja Evangélica Luterana de Macapá-AP. 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CULTO DE ANIVERSÁRIO - 16h

        Neste domingo, 19/09, o nosso culto terá horário diferenciado. O evento começará as 16h. Teremos a participação do pastor Carlos Kracke da Hora Luterana, que dirigirá a mensagem da Palavra de Deus. O culto marca os 36 anos de fundação da Congregação Evangélica Luterana da Paz de São Vicente-SP. Após o culto, os membros estão convidados a trazerem um prato de salgados e dois litros de refrigerante para a confraternização. O bolo é por conta do caixa da comunidade. Venha celebrar conosco esta data tão importante. Mas não esqueça: é domingo, 19/09, a partir das 16h.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Orientação Vocacional para a JELB São Vicente-SP



        Os jovens tiveram uma reunião diferente no último domingo, dia 12/09. Eles participaram de uma palestra sobre orientação vocacional, currículo e apresentação pessoal em entrevistas. Os trabalhos foram coordenados por Ana Carolina Dias de Brito. Ela é membro da congregação, formada em Administração de Empresas e é Pós-graduada em Gestão de Pessoas. Trabalha na área há 3 anos. Dinâmica de grupo, palestra e teste vocacional fizeram parte do cardápio do dia. Foi uma ótima oportunidade para ajudar a direcionar as vocações de alguns e despertar interesses em outros.
dinâmica de grupo
momento da palestra

terça-feira, 7 de setembro de 2010

COMISSÃO DE CULTO E ALTAR – ESTUDO 2

Introdução
            No primeiro estudo sobre o assunto, aprendemos que uma comissão de culto e altar só tem sentido de existir porque queremos, cada vez mais, tornar o nosso culto e o seu ambiente agradáveis para aqueles que participam, oferecendo o que temos de melhor para o nosso Deus, até mesmo do ponto de vista da organização. É no culto que Deus nos serve com seu Evangelho, poder de Deus para que sejamos salvos. É no culto que recebemos a comunhão da Santa Ceia. A comissão de culto e altar tem a tarefa de zelar para que o cenário onde tudo isto acontece seja um local digno e propício para a ação de Deus por meio de Palavra e Sacramentos. Aprendemos também que as exterioridades no culto não são essenciais, mas são importantes, visto que doutrina e fé se expressam através de coisas exteriores.
            Vamos partir agora para alguns aspectos mais práticos sobre o trabalho de uma comissão de culto e altar. Para que desempenhemos bem este trabalho é fundamental que conheçamos os significados das coisas que são utilizadas no culto.
Três centros principais
            Em situações normais, as Igrejas Luteranas preservam visíveis em seus locais de culto os três meios pelos quais Deus nos oferece perdão, vida e salvação: Palavra, Batismo e Santa Ceia. O púlpito é o centro da Palavra no culto. A pia batismal é o centro do Batismo. A mesa do altar é o centro da Santa Ceia. Seria interessante planejar a disposição da mobília de maneira a destacar e valorizar estes três centros, pois são uma pequena aula de doutrina e verdades bíblicas expressa nos móveis utilizados no culto.
O Ano da Igreja e os paramentos
            São chamadas de paramentos as toalhas coloridas que são colocadas sobre o altar e o púlpito. O ano da Igreja está relacionado a uma série pré-determinada de leituras bíblicas que busca contemplar, resumidamente, todo o plano da salvação. Está dividido em duas grandes partes: o ciclo do Natal e o ciclo de Páscoa. Ambos se constroem da mesma maneira: começam com uma época de preparação, chegam ao clímax com a celebração da festa central e das que com ela se relacionam, e terminam com um período de extensão. Assim sendo, o ciclo de Natal inicia com o Advento, atinge seu ápice nas Festas de Natal e Epifania (manifestação) e se encerra com os domingos pós-epifania. O ciclo de Páscoa inicia com a Quarta-Feira de Cinzas, centraliza-se nas festas da Páscoa, Ascenção e Pentecostes, e termina com os domingos pós-pentecostes.
            Qual é o significado do Ano da Igreja para nós em nossos dias? As séries de leituras e festas não são partes separadas. São como círculos de uma espiral. São ciclos de vida anuais, vividos em Cristo, com ele e sua igreja. O Ano da Igreja nos ajuda a relembrar e a viver, ano após ano, todo o plano da salvação providenciado por Deus e que nos leva para o céu.
            As cores dos paramentos querem nos simbolizar o período do Ano da Igreja que estamos vivendo. Abaixo seguem as principais cores e seus significados:
Branco: cor que simboliza Deus, a eternidade, as vestes do Cristo glorificado. Perfeição e pureza. Por lembrar alegria e luz o branco é usado nas festas relacionadas a Jesus (Natal, Epifania, Páscoa) e seus domingos subseqüentes.
Azul: símbolo do céu e da esperança cristã. Por isso é a cor do Advento, momento em que a igreja lembra a primeira e a segunda vinda de Jesus.
Vermelho: cor do fogo, do sangue. Cor do amor e da verdade vitoriosa do ensino cristão, baseado no sangue a na justiça de Cristo. Simboliza o fogo do Espírito Santo. É a cor dos dias festivos da igreja: Pentecostes, Dia da Reforma, Aniversário de fundação da congregação, instalação de pastor, ordenação, confirmação.
Verde: cor da vida permanente, nutrimento, descanso. Cor que predomina na natureza, cor da criação. Simboliza o crescimento e expansão da igreja. É usado na época após a Epifania e os domingos após o Pentecostes. Tempo em que a ênfase é a vida da igreja.
Roxo: cor de arrependimento, de colocar-se diante de Deus reconhecendo o seu pecado. É usado na Quaresma, período em que a igreja medita no sofrimento e morte de Jesus em favor de todos nós.
Preto: ausência de cor. Simboliza humilhação, luto. É usado na Sexta-Feira Santa, dia da morte de Jesus.  

As flores
            As flores servem para embelezar e tornar gloriosa a Casa de Deus, onde Ele está presente quando seu povo se reúne em seu nome. Colocam-se flores na igreja para prestar culto e adoração a Deus. São uma expressão da sua beleza e bondade.
            Para que as flores desempenhem corretamente o seu papel no culto é interessante que quem as organiza pense em todo o conjunto. O centro de visão do culto é o altar. Os olhos devem conduzir a ele. Por isso, as flores e a decoração com que se enfeita o conjunto do altar devem estar dispostas de modo a atingir o clímax no todo (não apenas nas flores).

            O altar, por excelência, quer simbolizar a presença de Deus. É um monumento dedicado a Deus. A mesa simboliza o túmulo vazio. A toalha branca que está sobre a mesa nos lembra o manto com o qual o corpo de Jesus foi envolto por ocasião do sepultamento. O túmulo está vazio, o manto cobre apenas o túmulo, não mais o corpo, porque Cristo ressuscitou. Agora, por ordem do próprio Jesus, sobre esta mesa celebramos a Ceia na qual ele mesmo prometeu estar presente com seu corpo e sangue.

            Sobre a mesa do altar, a rigor, deveriam estar apenas os utensílios da Santa Ceia, as velas, a Bíblia, as ofertas (alguns defendem que nem mesmo as ofertas deveriam estar ali, mas num móvel a parte, junto do altar, ou no gazofiláceo – caixa destinada a ofertas). As flores também deveriam ser postas em algum móvel ou suporte ao lado do altar. Não deveria estar mais alto do que a mesa do altar. Isto porque além de ornamentar e embelezar o ambiente de culto, especialmente o monumento do altar erigido ao próprio Deus, as flores também querem simbolizar outra coisa: a criação diante do Criador. As flores querem lembrar-nos de que somos como a erva do campo, que hoje está aqui e amanhã é cortada e desaparece (Lc 12.28). Somos tão frágeis diante da presença de Deus (simbolizado na mesa do altar). Por isso, quando olhamos para as flores no culto podemos lembrar das palavras de Deus através do profeta Isaías: “A erva seca, e as flores caem quando o sopro do SENHOR passa por elas. De fato, o povo é como a erva. A erva seca, a flor cai, mas a palavra do nosso Deus dura para sempre” (Is 40.7-8).
            No próximo estudo queremos continuar explicando alguns detalhes como o uso e significado das velas, a cruz e o crucifixo, as formas da distribuição da Santa Ceia e algumas idéias práticas para uma boa recepção das pessoas no culto do nosso Deus.
            Fica o convite para que mais pessoas se envolvam na organização e preparo do culto, bem como na recepção, para que, cada vez mais, honremos o nome de nosso Senhor e recebamos e acolhamos bem as pessoas que se unem para receber dEle perdão, vida e salvação.

Referências: LANG, P. H. D. Manual da Comissão de Altar. Tradução de Elmer Flor. Porto Alegre: Concórdia, 1987.

Recepção de Novos Membros

        
       No domingo, dia 05/09, aconteceu a recepção de Patricia Ebert, por transferência. Ela veio da cidade chamada União da Vitória-PR e agora reside no Guarujá-SP. Seu esposo, Ivanildo, ainda não é membro da congregação mas já sabe que as portas estão abertas para ele. O casal aguarda ansioso a chegada do seu bebê, previsto para outubro. Sejam bem-vindos em nosso meio!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Liturgia parte por parte - 7

O Prefácio
                Este prefácio é, talvez, a parte litúrgica mais antiga de nosso culto.  Os seis primeiros versos responsivos já aparecem na Tradição Apostólica de Hipólito de Roma (meados do terceiro século depois de Cristo)! O prefácio expressa reverência, adoração, alegria e ação de graças.
                As palavras "Levantai os vossos corações" são um convite a dirigirmos nossos pensamentos a Cristo, cujo corpo e sangue iremos receber.  O "levantemo-los ao Senhor" é o "sim" da congregação.  O "demos graças ao Senhor" faz lembrar a ação de Jesus na noite em que foi traído (cf. Mt 26.27).
                A Santa Ceia é uma antecipação do banquete celeste. Jesus compara a vida eterna a um banquete, e o Senhor da igreja e do universo, com sua presença real, já celebra este banquete aqui e agora, de forma antecipada, na Santa Ceia. Outra forma de dizer isto são as palavras "com os anjos e arcanjos e com toda a companhia celeste louvamos e magnificamos o teu glorioso nome, exaltando-te sempre..." Estas palavras deixam claro que, na Ceia, nos unimos ao culto eterno dos anjos e da igreja triunfante no céu.  Um momento solene e festivo!

O Sanctus
                Este é o texto da canção na qual a igreja na terra une sua voz ao cântico da igreja celeste. Com as palavras "Santo, santo, santo..." nos associamos ao canto dos anjos (cf. Is 6.2-3). No "bendito aquele que vem..." fazemos coro com os discípulos galileus que receberam festivamente o Rei Jesus às vésperas de seu sacrifício na cruz (cf. Mt 21.9).
                No tríplice santo há uma alusão à Santíssima Trindade. Na segunda parte, o "bendito aquele que vem" não é outro senão o próprio Senhor Jesus Cristo.  Ele vem na Ceia (presença real!) e vem para juízo e salvação.
                Concluindo, pode-se dizer que o Sanctus é o mais antigo, mais celebrado e mais universal dos hinos cristãos.