segunda-feira, 7 de junho de 2010

COMISSÃO DE CULTO E ALTAR – ESTUDO 1

(a ideia surgiu no departamento de Servas, mas não é exclusividade do departamento, muito menos das mulheres. Qualquer um que se interessa em servir na igreja está convidado a dar uma atenção a este estudo sobre a implementação de uma comissão de culto e altar. Boa leitura! Estamos à disposição para dúvidas).
Introdução
            Uma comissão de culto e altar pode dar uma contribuição necessária e valiosa aos cultos na congregação. Pode conservar limpos o altar e seu mobiliário, paramentar o altar de acordo com as cores do calendário litúrgico, arrumar as velas, cuidar dos arranjos e flores e tomar conta dos utensílios da santa ceia. Enfim, zelar pela boa ordem e decência do culto ao Senhor. Para tanto, cabe um estudo dos aspectos externos do culto, de modo que se saiba o que é apropriado e desejável, de acordo com a doutrina e a tradição.

Embelezando o culto
            O serviço que uma comissão de culto e altar pode prestar é valioso como auxílio para louvar a beleza e a grandeza de Deus e despertar a resposta do seu povo em todas as formas de beleza, cuidado e reverência. A beleza, na igreja, não é indiferente. Deus deu instruções especiais para embelezamento do tabernáculo e do templo, nos cultos do AT (Êx 25-27; Nm 4; 1Rs 5-7; 2Cr 3-4). Uma preocupação semelhante àquela evidencia-se no princípio básico do culto do NT: “Tudo seja feito com ordem e decência”. (1Co 14.40).
            Por que desejamos tornar a casa de Deus e o nosso culto a Ele tão reverente quanto possível? Tal desejo vem de Deus e dirige-se a Ele. Ele está presente em nossas congregações. Através de sua Palavra e Sacramentos, Cristo vem a nós quando estamos reunidos em Seu nome. Ele nos fala e nós falamos com Ele. Ele nos dá algo, e nós retribuímos. Quando as mulheres enfeitam suas casas da melhor maneira possível para agradar seus familiares e visitas, amando a Deus, queremos fazer da Sua casa um lugar ainda mais belo do que nossas casas particulares.

Preparando um Cenário para o Evangelho
            Embelezando o templo e o culto da congregação e recebendo bem as pessoas estamos providenciando um cenário no qual o Evangelho se apresenta de maneira mais atraente às pessoas e as coloca num contexto mental mais receptivo para o culto. Compreendemos o quanto a beleza nos atrai em outras áreas da vida. Um jantar que é servido com talheres finos, velas e flores, numa mesa posta com bom gosto, é mais atraente (e quem sabe até mais saboroso) do que se fosse servido em potes, sobre uma mesa sem toalha. A rigor, a Palavra de Deus e os Sacramentos não dependem de enfeites humanos para a sua eficácia. Eles são, por si mesmos, “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”. (Rm 1.16). No entanto, é apropriado que os apresentemos numa “embalagem” que seja o mais atraente possível.

Um serviço espiritual
            Uma comissão de culto e altar possui o aspecto prático de aprender sobre as cores litúrgicas, uso de velas, símbolos cristãos, como receber os visitantes e fazê-los se sentirem bem. Também o preparo e a limpeza dos utensílios da Santa Ceia são coisas bem práticas do trabalho de uma comissão deste tipo. Mas estes atos são apenas meios para um fim. Eles ajudam o cristão na sua adoração. O culto permanece a coisa mais importante. Sendo assim, o trabalho da comissão também é espiritual. Alguém disse certa vez que a comissão de culto e altar deve minimizar a obra de Satanás na casa de Deus. Sabe-se que o diabo gosta de entrar nos lugares santos e fazer mal uso das coisas sagradas. Ele gosta de distrair os cristãos, especialmente quando estão adorando na igreja. O trabalho da comissão de culto e altar é “atrapalhar” os truques do diabo e ajudar a igreja a prestar culto.

Exterioridades não essenciais
            Deus não tem fornecido aos cristãos do NT leis específicas que governam as formas exteriores de culto. O cristianismo não é essencialmente uma questão de exterioridades, mas de fé e vida. Falando de forma específica, não se pode dizer que uma igreja é cristã porque tem ou não tem um culto bonito. Onde a Palavra de Deus é ensinada clara e puramente e os Sacramentos administrados corretamente, aí está a igreja cristã. Também não é necessária a uniformidade em coisas externas para a unidade da igreja. Por isso, ninguém deveria criticar ou condenar a outros que possuem maior ou menor número de ritos e cerimônias.

Exterioridades são importantes
            Mesmo sabendo disto, os aspectos externos estão associados ao culto. Por isso eles também são importantes. Doutrina, fé e vida se expressam em atos exteriores. Igrejas formulam princípios e programas de ação também em assuntos que não são nem ordenados nem proibidos por Deus. Estes princípios não se baseiam em alguma lei, mas na boa doutrina e tradição cristãs, e em devotado bom senso.

Primeiro Princípio
            Formas tradicionais de culto devem ser conservadas enquanto são úteis e estão em harmonia com a Palavra de Deus. Aquelas formas que se tornam viciadas ou que se perderam podem ser restauradas e purificadas, pelo ensino correto do seu significado. Assim poderão vir a ocupar novamente seu propósito original e sagrado.

Segundo Princípio
            Tudo o que se usa no culto deve exaltar a Deus e favorecer as condições para que a Sua graça atinja o ser humano. Tudo no culto deve servir para auxiliar a comunicação do Evangelho, de modo que as pessoas sintam-se atraídas por ele, e por graça de Deus, sejam santificadas e edificadas por meio dele.

Terceiro Princípio
            Visto que Deus nos ordenou que nos reunamos em torno de Sua Palavra e Sacramentos, mas não detalhou leis com respeito às exterioridades do culto, não somos legalistas acerca de cerimônias que venham a realçar o culto em nossas congregações. Todas as coisas que não são nem ordenadas e nem proibidas por Deus, se remetem humildemente ao domínio da liberdade cristã e são tratadas de modo evangélico, nunca legalista.

Um grupo de serviço
            Uma comissão de culto e altar, assim como o coral ou as áreas de ação, é um grupo de serviço dentro da congregação. Não é um clube social. Por isso mensalidades, festinhas, jantas, bazares e quaisquer outras formas de arrecadar fundos para suas despesas não cabem em seu programa. Não é a comissão de altar, mas a congregação, a responsável por prover os recursos financeiros para manter limpa a igreja e providenciar toalhas, paramentos, mobiliário e tudo mais que for preciso. A comissão de altar não deve preocupar-se com dinheiro. Seu propósito é servir pelo trabalho.

Um convite...
            Diante destes princípios gerais sobre o trabalho da comissão de culto e altar, fica o convite para que você participe de um segundo encontro, tratando de mais assuntos específicos do culto e da simbologia da fé. O desafio é criar uma comissão permanente de pessoas que se disponham a pensar e a trabalhar sobre os aspectos práticos do culto na congregação, tais como a ornamentação do altar, o uso dos utensílios da Santa Ceia, a recepção das pessoas no culto, entre outros.
Referências: LANG, P. H. D. Manual da Comissão de Altar. Tradução de Elmer Flor.
Porto Alegre: Concórdia, 1987. p.11-14.  

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