sexta-feira, 9 de abril de 2010

Liturgia parte por parte 2 - continuação

Continuando a temática da liturgia no culto cristão luterano publicamos a segunda parte do estudo, disponibilizada também na edição de abril do Informativo impresso. Boa leitura! A primeira parte se encontra nas postagens anteriores.


Invocação
                Invocar o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Por este ato (que pode ser acompanhado do sinal da cruz), a Igreja invoca o nome daquele que a si mesmo se revelou como um só Deus em três pessoas. Trata-se de uma invocação, não de um convite ao culto. Portanto, tendo em vista seu caráter sacrificial, o liturgista (que fala em nome da congregação) se une ao povo de Deus nesta prece invocatória, voltando-se para o altar.

Confissão e Absolvição
                Como parte preparatória ao culto, a confissão e absolvição -- para usar uma imagem bem realista -- corresponde ao "limpar os pés antes de entrar em casa".  Originalmente não fazia parte do culto público, cabendo a cada um a própria preparação antes de começar o culto.   
                A Confissão dos Pecados é uma preparação para o culto de louvor a Deus. A comunhão e comunicação com Deus exige corações arrependidos e perdoados de seus pecados. É, por essa razão, um ofício preparatório de purificação espiritual. Na Confissão somos purificados para entrar no culto propriamente dito, que começa com o Intróito.
                A Absolvição vem após a Confissão e pedido de perdão. Ao pastor cabe anunciar o perdão dos pecados para a congregação fundamentado na autoridade que lhe é outorgada por Cristo. Nesse momento o pastor exerce função sacerdotal, na qual declara o perdão pleno de todos os pecados a todos os que estão verdadeiramente arrependidos. Na Absolvição as palavras devem ser ouvidas e cridas como se fosse a voz do próprio Senhor Jesus Cristo.

Intróito
                A palavra "intróito" vem do latim e significa "entrada", "começo".  Pelo que se vê, o próprio nome já indica que esta é a parte inicial do culto.
                Originalmente o intróito era um salmo de entrada, cantado em forma de antífona (responso) por um coro duplo, no momento em que o oficiante vinha da sacristia.  O intróito também anunciava o tema do domingo.  Atualmente, na série trienal de leituras, o salmo do domingo exerce esta mesma função.  Assim sendo, é costume ler o salmo como intróito.  A leitura pode ser tanto responsiva como em uníssono. O Gloria Patri (Glória ao Pai...) é a conclusão do Intróito.  Com sua ênfase trinitária, este antigo texto litúrgico distingue o uso cristão dos Salmos do Antigo Testamento, razão por que é falado ou cantado ao final de toda e qualquer leitura dos salmos.  

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